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Café: extra-forte

Uma história de maio de 2007, cheia de atitude, crises existenciais, muita amizade e um pouco de infância. Tudo isso em muito poucas palavras. 
escrita-criativa
algumas das amigas de sempre

***
Salvador, 27 de maio de 2007

Amêndoas. É o sabor do novo chocolate lançado pela Garoto - Talento. Refinado, meio amargo, tem um sabor sutil e de personalidade. Como um café gostoso.

Um encontro com amigos de verdade no fim de semana. Conversa franca, as perguntas de sempre e novas discussões e a permissividade de participar de suas vidas. São os louros da curiosidade sincera e da preocupação com o outro.
Queria ter fins de semana de quatro dias. Queria poder encontrar mais pessoas e passar um monte de momentos longos. Queria esquecer cem por cento das preocupações e me garantir toda para a curtição e para os planos de dominação do mundo. Queria ser, ao mesmo tempo, Pink e Cérebro ou ter mais tempo para escolher quem eu quero ser. 

Mas não hoje. Porque hoje não dou ousadia a ninguém. Só dou silêncio e o trabalho de toda nova segunda-feira.
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Olá! Trago mais uma grande reflexão direto dos meus dezessete anos, entre as leituras, os diários e o que contar. Um pouco de tudo em uma época que - pensando hoje - parecia não acontecer nada. As páginas, entretanto, seguiam sempre cheias. 
páginas da agenda de 2000
07 de fevereiro de 2001

Eu estava hoje a pensar sobre os famosos diários que viraram livros e são super vendidos e falados por aí. Ainda não li nenhum. Ou melhor, acho que um, mas não me recordo qual. Já sei! Acho que foi aquele livro do Jostein (Gaarder, Através do Espelho), da garota que tinha uma doença e vivia na cama, escrevendo em seu diário.

Aquela garota supostamente escrevia coisas belíssimas e inteligentíssimas, o que me fez pensar que só escrevo futilidades. Caso resolvessem fazer de algum diário meu um livro, acho que seria vergonhoso. É por isso que, às vezes, procuro escrever coisas mais inteligentes e até, bonitas.

Acho que consigo fazer isso. Mas acho que esse tipo de preocupação é que é ainda mais fútil. É preciso ser eu mesma. 

*neste dia eu assisti Uma Relação Pornográfica (1999), no Iguatemi. O ingresso do cinema está colado na página.
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Começa hoje uma nova coluna, meio por acaso, meio sem saber pra onde vai. São histórias de anos passados, confissões, diversões da adolesência e também daquele período depois dos 18 e antes dos 25 - puro caos e abobrinha. Vem, a diversão e a falta de vergonha na cara estão garantidas.

agenda-da-tribo-2007
Agenda de 2007
Como tenho dividido do lado de cá as atualizações da vida em tempos de pandemia, estou organizando a casa naquele momento faxina total, de roupas, móveis, utensílios e papeis antigos. Neste processo, encontrei a calça jeans da viagem de 1998 que insisti em manter naquela promessa de dieta que nunca aconteceu, e as agendas passadas, não de todos os anos, mas de alguns que por razões do universo, sobreviveram às intempéries. 

Com isso, encontrei uns textos de minha versão pré-histórica, que valem mais pelo conteúdo quase sempre divertido do que por um primor estilístico - era uma agenda-diário, calma. Postarei de vez em quando alguns deles sem ordem cronológica, ao sabor do vento, para nos divertirmos um pouco com as ideias de séculos passados - muitas vezes tão atuais e verdadeiras como o nosso presente. Espero que dê certo!

***
Chocolate Quente

Sabe como é quando você gosta de alguém de verdade? É exatamente como o gosto do chcolate quente que tomo agora: forte, quente, amargo e doce - gostoso.

É manhã de quarta e o trabalho começa mais tarde. Estou numa cafeteria onde sempre tomo café e/ou seus derivados, mas hoje escolhi o chocolate. Tem um cara na minha frente se esforçando para se concentrar num texto que está escrevendo, enquanto lê outro; deve ser uma resenha. 

É engraçado porque ele está de frente pra mim - descobri agora a aliança em seu dedo - e eu fico parecendo aqueles pintores quando passam horas observando seus modelos. Este cara é meu modelo do dia. Será que ele percebe isso?

Todas as pessoas desta cafeteria têm tempo para deixar o dia correr. Surpreendentemente, ninguém toma café correndo, todos estão sentados. 

Sabe como você descobre se uma pessoa fofoca ao telefone? Quando ela vira os olhos para cima enquanto fala. Tão fácil.

Das duas, uma: ou ele está muito doido ou a revista é muito engraçada. 
Sabe o que é mais fantástico? O momento antes do sorriso. 

Tem este cara que está numa mesa lendo uma revista. E ele começa a rir. Foi incrível, porque deu para capturar o momento exato da transformação. Acho que ele percebeu que invadi sua intimidade.

Salvador, 07 de março de 2007

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Tati Reuter Ferreira

Baiana, curadora de projetos audiovisuais, escritora e crítica de cinema. Vivo de café, livros, cinema, viagens e praia. E Pituca.


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