E chegou o momento em que temos um novo presidente
que é quase Frank Underwood. E uma semana corrida e cheia de reviravoltas em
nossa política. E na última sexta, um assalto à mão armada. E a sorte de não
ter morrido. Com tantas emoções ao mesmo tempo, tinha que acabar mesmo era em
uma sexta-feira, 13, que prefiro pensar ser sempre de sorte. Nesta edição,
filmes fortes, crimes, suspense, drama, mulheres maravilhosas, série e uma
comédia romântica, para nos deixar respirar aliviados.
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| O segredo de seus olhos (2009, Juan José Campanella) – 129 min |
Esse um monte de gente já viu,
com certeza. Um dos filmes argentinos que teve mais relevância nos últimos
tempos, vencedor do Oscar de Filme
Estrangeiro, leva 4 grandes atores: Ricardo
Darín, Soledad Villamil, Pablo Rago e Javier
Godino. Um assistente de tribunal aposentado resolve escrever um livro
sobre um crime não resolvido cometido muitos anos antes na Argentina. Um
estupro e assassinato de uma mulher dentro de sua casa, não se sabe como e nem
quem o praticou. Tendo acompanhado o caso de perto e ficado entre um transtorno
e obsessão pela violência e mistério, Benjamín (Darín) inicia seu livro e,
enquanto relembra a história do crime, lhe passam cenas de seu passado, quando
conheceu a juíza Irene (Villamil), que acabara de entrar no tribunal e passa a
ser sua chefe. Cruzando passado e presente com um roteiro sensacional e muito
bem dirigido, com final surpreendente, aqui tem tudo: suspense, comédia, drama
e romance.
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| Amante a Domicilio (2014, de John Turturro) – 90 min |
De um suspense complexo para um
filme tranquilo. Comédia do melhor tipo, sem catástrofes, mortes repentinas e
com Woody Allen contracenando com o
diretor, roteirista e protagonista, John
Turturro. A partir de uma situação inusitada, um daqueles acasos da vida, Murray
(Allen) convence Fioravante (Turturro) a serem cafetão e garoto de programa, respectivamente.
Isso tudo muito discretamente, claro e delicadamente sem ser canastrão, como só
Turturro conseguiria. Com um elenco estelar (Sharon Stone, Liev Schreiber,
Vanessa Paradis e Sofia Vergara), atravessamos uma história com personagens complexos em
uma estrutura clássica de roteiro. Filme para se distrair, de coração aberto.
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| Dr. Fantástico (1964, de Stanley Kubrick) – 95 min |
É de um grande mestre. Comédia
inteligente sobre um apocalipse a la
Guerra Fria, Peter Sellers se
consagra – como se a essa altura de sua carreira precisasse disso – mais uma
vez como um ator imenso. Sátira de tempos difíceis, um general decide detonar
uma bomba atômica enquanto militares e políticos de alto escalão tentam negociar seu
impedimento reunidos em um salão. Além de Peter Sellers, George C. Scott, Sterling Hayden, Slim
Pickens e James Earl Jones marcam presença. Para quem não lembra, o diretor é o
mesmo de Lolita (1962), Laranja Mecânica (1971) - tem crítica! - O Iluminado (1981), Nascido pra matar (1987), De Olhos bem Fechados (1999)... e acho
que posso parar por aqui.
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| Trainspotting (1996, de Danny Boyle) – 94 min |
Quando estava checando o
elenco do filme no IMDb, vi que terá uma sequência a ser lançada ano que vem,
partindo do livro Porno, de Irvine
Welsh (que então tinha escrito Trainspotting).
O diretor é Danny Boyle, que dirigiu
127 Horas (2010), Quem quer ser um milionário? (2008) e Cova
Rasa (1994). Um grupo de amigos leva uma vida de drogas e festas sem fim, sem grana e aparentemente sem futuro. Renton (Ewan McGregor) decide sair disso e enfrenta a abstinência enquanto
entra em crise com os amigos ao tentar sair da antiga rotina. O filme traz uma narrativa
nervosa, coerente com sua estrutura dramática e se garante em planos e montagem extraordinários, fruto das alucinações por que passam os personagens. Um dos
melhores filmes já feitos, traz também Ewen
Bremmer, Jonny Lee Miller, Kevin McKidd, Robert Carlyle, peter Mullan e Kelly Macdonald.
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| Orange is the new black (2013-, ) – 59 min |
Produzida por Jenji Kohan, com
uma equipe imensa que até hoje carregou 18
diretores em 4 temporadas (a última estreia 17 de junho), já levou 6 Globos de Ouro e mais não sei quantas
premiações. Piper Chapman (Taylor
Schilling) é presa por transportar dinheiro para sua namorada (Laura Prepon, de That 70's Show), atuante em uma quadrilha
internacional de tráfico de drogas e pega 15 meses de prisão. Vivendo uma
vida tranquila e tendo cometido o delito 10 anos antes, enfrenta o choque de
uma realidade de conviver com mulheres de todos os ‘tipos’. Ali terá
preconceitos, raivas, risos e uma mudança de vida e pensamento, uma
transformação total. Ainda estou na primeira temporada, mas já entrei no modo
vício. É imperdível, uma das séries mais completas que já vi. É aproveitar
enquanto há poucas temporadas e dá para acompanhar.






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