Livro: Cartas a um jovem poeta

by - março 27, 2007


"Temos que aceitar a nossa eixstência em toda a plenitude possível; tudo, inclusive o inaudito, deve ficar possível dentro dela. No fundo, só essa coragem nos é exigida: a de sermos corajosos em face do estranho, do maravilhoso e do inexplicável que se nos pode defrontar."

"Falando-se novamente em solidão, torna-se cada vez mais evidente que ela não é, na realidade, uma coisa que nos seja possível tomar ou deixar. Somos nós."

Estes são trechos de um dos livros mais importantes que já li. É Cartas a um jovem poeta, de Rainer Maria Rilke. O livro é simples, trata de uma coletânea de cartas a um jovem escritor que aspira o título de poeta. Rilke escreve para ele, respondendo a seus anseios, nunca criticando seus textos, mas lhe mostrando formas de ver a vida, a união imprescindível de pensamento e sentimento. O texto é simples e corrido, mas há que prestar atenção a cada vírgula e pausa, pois aí é que está o verdadeiro, o imo de suas palavras, as entranhas de todo o livro. E depois, um texto belíssimo, de presente, quase que esquecido depois ds cartas. Sabe aquela caixa onde guardamos nossas correspondências afetuosas? Aí escrevemos um texto que gostamos muito. Guardamos lá. É onde está, no livro.

E eu, que converso tanto com dois amigos sobre solidão, encontro aí, não minhas palavras, mas minhas idéias descritas. E é tão difícil, ás vezes, seguir o que pensamos. Mas devemos. E esses trechos são para eles. Acreditem, não sou a única que pensa assim. E a você que me emprestou e depois percebeu que eu não poderia ficar sem o livro, valeu. Você bem sabe a importância disso tudo.

É só.
:)

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2 Comentários

  1. Reuter, uma vez um amigo meu também me escreveu umas coisas bonitas sobre a solidão...

    Te encaminhei por email.

    gostei do post.

    bjo

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  2. Rilke é o máximo... é a sensibilidade articulada em um discurso lógico... Adoro ele também.

    bjs.

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